terça-feira, 15 de março de 2016

PÂNICO? - ACHEI QUE IRIA MORRER

ACHEI QUE IRIA MORRER
De repente, um mal súbito vem começando com uma simples falta de ar e um aumento nos batimentos cardíacos, mas a cada segunda que passa, se intensifica. Quando menos percebe-se uma sensação de morte iminente tomando conta. Você vai ao hospital e faz todos exames possíveis e nada. Mas o que aconteceu então? Talvez você tenha tido uma crise de pânico.

A crise de pânico é caracterizada por um mal-estar intenso acompanhado normalmente por uma forte sensação de morte. Aparentemente ela ocorre sem nenhuma explicação e, muitas vezes, o medo da possibilidade de ter uma crise novamente faz com que outras fobias possam se desenvolver. 
O transtorno do pânico é composta por vários episódios de crise de pânico. Não se sabe a causa exata do transtorno, mas acredita-se que fatores como stress muito alto, ansiedade elevada, genética e uso abusivo de certos medicamentos e drogas possam contribuir para o surgimento da patologia.
Os sintomas são medo de morrer, medo de perder o controle e enlouquecer, falta de ar, tontura, adormecimento e formigamento, palpitação, entre outros. O tratamento mais aconselhado por pesquisas é com medicamentos e terapia cognitiva-comportamental.
Normalmente, a crise de pânico acontece pela pessoa se assustar com sinais do corpo que são normais. Por exemplo, ela percebe uma respiração alterada e, de repente, nota o coração acelerado. Esse movimento faz com que ela se assuste e comece outra crise. Por isso eu digo: faça alguma atividade física. Além de ser ótimo para sua saúde de forma geral, o exercício físico ajuda você a se acostumar com os sinais do corpo. 
 Outra sugestão é o exercício idealizado pelo Dr. Bernard Rangé.
A.C.A.L.M.E.-S.E.
 A chave para lidar com um estado de ansiedade é aceitá-lo totalmente. Permanecer no presente e aceitar a sua ansiedade fazem-na desaparecer. Para lidar com sucesso com sua ansiedade você pode utilizar a estratégia “A.C.A.L.M.E.-S.E.”, de oito passos.
  ACEITE a sua ansiedade. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um visitante inesperado ou desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Ao invés disso, flua com elas.
 CONTEMPLE as coisas em sua volta. Não fique olhando para dentro de você, observando tudo e cada coisa que você sente. Deixe acontecer com o seu corpo o que ele quiser que aconteça, sem julgamento: nem bom nem mau. Olhe em volta de você, observando cada detalhe da situação em que você está. Descreva-os minuciosamente para você, como um meio de afastar-se de sua observação interna. Lembre-se: você não é sua ansiedade. Quanto mais você puder separar-se de sua experiência interna e ligar-se nos acontecimento externos, melhor você se sentirá. Esteja com ansiedade, mas não seja ela; seja apenas um observador.
 AJA com sua ansiedade. Aja como se você não estivesse ansioso(a), isto é, funcione com as suas sensações de ansiedade. Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz as suas coisas, mas mantenha-se ativo(a)! Não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se você fugir, a sua ansiedade vai diminuir mas o seu medo vai aumentar: se isso acontecer, na próxima vez a sua ansiedade vai ser pior. Se você ficar onde está – e continuar fazendo as suas coisas bem devagar – tanto a sua ansiedade quanto o seu medo vão diminuir. Continue agindo, bem devagar !
 LIBERE o ar de seus pulmões! Respire bem devagar, calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até três, devagarinho, na inspiração, outra vez até três, prendendo um pouco a respiração e até seis, na expiração. Faça o ar ir para o seu abdômen, estufando-o ao inspirar e deixando-o encolher-se ao expirar. Não encha demais os pulmões. Ao exalar, não sopre: apenas deixe o ar sair lentamente por sua boca. Procure descobrir o ritmo ideal de sua respiração, neste estilo e nesse ritmo, e você descobrirá como isso é agradável.
 MANTENHA os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a: (1) aceitar sua ansiedade; (2) contemplar; (3) agir com ela e (4) respirar calma e suavemente até que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você continuar repetindo estes quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.
 EXAMINE seus pensamentos. Você talvez esteja antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Você mesmo já passou por isso muitas vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que você pensou que fosse acontecer. Examine o que você está dizendo para você mesmo(a) e reflita racionalmente para ver se o que você pensa é verdade ou não: você tem provas de que o seu pensamento é verdadeiro? Há outras maneiras de você entender o que está lhe acontecendo? Lembre-se: você está apenas ansioso(a): isto pode ser desagradável, mas não é perigoso. Você está pensando que está em perigo, mas você tem provas reais  disso?
 SORRIA, você conseguiu! Você merece todo o crédito e reconhecimento. Você conseguiu, sozinho(a) e com seus próprios recursos, tranquilizar-se e superar este momento. Não é uma vitória pois não havia um inimigo, apenas um visitante de hábitos estranhos que você passou a compreender e aceitar melhor. Você agora saberá como lidar com visitantes estranhos.
 ESPERE o futuro com aceitação. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado definitivamente de sua ansiedade, para sempre. Ela é necessária para você viver e continuar vivo(a). Em vez de se considerar livre dela, surpreenda-se pelo jeito como você a maneja, como você acabou de fazer agora. Esperando a ocorrência de ansiedade no futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente
Psicólogo Bardi
Editado: Pastora/Psicanalista Merces Vasconcellos