quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O AMOR É PARA SEMPRE, ELE NUNCA MORRE


Amor nunca Morre 

Digamos que você está passando por um momento difícil e de sofrimento, sente-se desnorteado e pesaroso. Talvez tenha sofrido uma perda ou esteja passando por grandes mudanças na vida, a ponto de questionar como vai conseguir seguir adiante. O que deve fazer? Todos conhecemos as soluções espirituais: orar, ler a Palavra e recorrer a Deus. Invocar Sua ajuda em situações de desespero deve ser sempre nossa primeira linha de ação.

No entanto, às vezes, quando estamos em meio a problemas e nos sentindo perdidos, mal conseguimos acreditar que Deus vai nos ouvir. O Senhor entende e não nos condena por isso. Na verdade, sabe que é nessas ocasiões que mais precisamos dEle. Por isso, mesmo sendo difícil acreditar que Ele vá atender, é importante clamar a Ele e invocar o Seu nome. Não temos nada a perder e tudo a ganhar.

Deus nos oferece não só a força que o Seu Espírito nos dá por meio de nossas orações e da voz da Palavra, mas também outros meios para nos fortalecer fisicamente e manter nossa estabilidade emocional nesses períodos difíceis.

É possível adotar certas medidas físicas (amplamente reconhecidas por muitos profissionais da área de saúde emocional e mental), quando se está depressivo, sofrendo dores crônicas, passando por um período de perdas, etc. —coisas como se abrir para amigos e familiares, dedicar tempo para relaxar, fazer exercícios físicos adequados, manter uma dieta saudável, dormir o suficiente, abster-se de bebidas alcoólicas, cafeína, drogas, etc. e limitar o tempo na frente da televisão. Tudo isso contribui para reduzir o nível de estresse físico e emocional, ajuda a ter a mente mais clara para lidar com as dificuldades, torna o corpo mais capaz de acumular força e energia.

Há muitos conselhos úteis sobre esse assunto de diversas fontes. Contudo, existe um meio para a cura que chama muito a minha atenção e que com frequência nas extensas pesquisas científicas sobre desânimo extremo, uma condição humana muito comum. Na verdade, talvez seja algo que você já tenha o hábito de fazer e o que me parece excepcional na prática é que beneficia não apenas que a adota, mas também os demais.

Refiro-me ao simples ato de dar, de todas as maneiras que lhe seja possível. Sabe-se que isso melhora a saúde mental, emocional e física de formas mensuráveis e, às vezes, profundas.

Diversas instituições conduziram estudos sobre o assunto, entre elas o National Institutes of Health (Instituto Nacional de Saúde), a Faculdade de Administração de Empresas de Harvarde a Universidade da Califórnia em Berkeley, e seus relatos podem ser encontrados em publicações científicas como o Proceedings of the National Academy of Science. Um desses estudos revela que a região do cérebro estimulada pela prática da generosidade é a mesma que é ativada por outros tipos de estímulo, como o prazer sexual, a gratificação monetária, uma boa refeição e exercícios físicos, dentre outros. Contribuir de alguma forma para ajudar as pessoas libera endorfina no cérebro, um hormônio que causa sensação de bem-estar, colabora para uma melhor convivência social e aumenta o senso de pertencimento.

Segundo outra pesquisa, estender a mão a outros que também estejam sofrendo traz benefícios importantes para quem pratica a boa ação. Isso se verificou em pessoas padecendo de diferentes males, inclusive depressão, dores crônicas e AIDS. “Quando os humanos ajudam os outros, independentemente de uma condição compartilhada, vivem mais e são mais felizes.” —explica a pesquisadora.

Em um outro estudo, Paul Arnstein, do Boston College, e seus colegas avaliaram os efeitos do trabalho voluntário em pacientes com dores crônicas. A pesquisa mostrou que depois da ação solidária havia uma redução progressiva das dores, da depressão e de outros quadros.

Uma pesquisadora descobriu resultados inesperados em seu estudo envolvendo pessoas com esclerose múltipla, que fizeram telefonemas para animar outras com o mesmo problema. O contato foi benéfico para aqueles receberam as ligações, mas ainda mais proveitoso para os que telefonaram para escutar alguém enfrentando a mesma adversidade. O relatório destaca que os que ofereceram o apoio apresentaram uma melhora significativa na qualidade de vida, muitas vezes superior à que se observou entre os que foram ajudados.

Quando um trabalho científico confirma princípios que conhecemos bem e aprendemos em nossa vida com o Senhor, serve de testemunho para os que ainda não conhecem as verdades da Bíblia. É maravilhoso ver essas confirmações em pesquisas e estudos, pois oferecem uma boa maneira de apresentar os princípios da fé àqueles para quem testemunhamos.

Deixar a nossa zona de conforto para ajudar, encorajar ou apoiar alguém talvez seja a última coisa que desejemos fazer quando não nos sentimos bem fisicamente, mas é uma maneira de transformar uma experiência negativa em algo positivo, inclusive para nós mesmos. O princípio de ajudar os outros como uma forma para superar provações, perdas e dificuldades em todas as áreas da vida.